Place des Vosges

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domingo, 4 de março de 2012

Hotel de Selva

Antes de continuar, é válido dizer que não existe um único hotel assim na Amazônia, aqui será feito o retrato do lugar onde ficamos, então pode ser que nem todos sejam exatamente da mesma maneira. Também aproveito para falar que a intenção não é fazer propaganda, seja positiva ou negativa, de nenhuma rede hoteleira, portanto o nome do hotel será preservado. Se você sabe onde é e tem algo a dizer recomendo o Trip Advisor! Estamos combinados?

E em um belo momento desse blog eu comentei que fiquei hospedada em um hotel de selva. Nesse simples comentário, posso ter despertado as imaginações férteis e tenho medo de imaginar o que vocês pensaram. Vamos lá: o que exatamente é esse hotel?
Não tem muito segredo, como o próprio nome diz... é um hotel... na selva. Rá! Bom, não era bem aí onde eu queria chegar.
O mais importante a dizer é que não temos que caçar, não andamos de cipó e nem temos que carregar um facão para abrir caminho entre o quarto e o café da manhã. Por outro lado, nada de luxo, serviço de quarto, TV, telefone no quarto e nem lobby com trilha sonora de Phil Collins (eu sempre associo o cantor com hall de hotel, desculpem me!).
Pois bem, realmente, estávamos no meio da floresta, com hospedagens espalhadas pela mata, todas interligadas por pontes que, dependendo da época do ano, podem ser flutuantes ou não. Quando o rio sobe, as pontes flutuam, quando baixa, ficam suspensas por troncos e outra artimanhas da arquitetura ribeirinha. Havia torres espalhadas por toda parte, cada uma com alguns andares, onde as acomodações eram distribuídas. A parte administrativa do hotel tinha sua torre própria, onde também abrigava o restaurante. Por fim, o destaque do hotel, eram verdadeiras casinhas, espalhadas no topo das árvores, chamadas de "Casa do Tarzan". Essas eram suítes diferenciadas, onde pessoas citadinas como eu, podem ter a experiência de se hospedar em uma casa da árvore. Foi lá onde ficamos!!
Além do quarto e banheiro, nossa casinha também tinha uma piscina particular. Quando eu andava no quarto as vezes tinha a impressão de que ele poderia desmoronar a qualquer momento. Aliás, eu realmente acho que ele pode cair sem aviso prévio, mas ainda bem que nada aconteceu. Nas manhãs, escutávamos os macacos passear em volta e no teto de nosso quarto. A noite ainda era mais selvagem, pois começava a invasão de sapos e pererecas. Medo! Entre os dois, fico com o macaco!
Passear pelas passarelas flutuantes do hotel também foi um atrativo, pois já que selva é selva, as coisas não tem hora marcada para acontecer, então com sorte dava para ver bicho preguiça, pássaros coloridos e, sim, até a tal da anaconda conseguimos ver enrolada em uma árvore! Agora o grande destaque fica para os macacos, que rondavam o restaurante, passeavam perto do bar e, quando nos distraíamos, atacavam nossa comida e, no meu caso, a caipirinha de abacaxi.
Não posso dizer que esse hotel especificamente é recomendado para todo tipo de pessoa, pois apesar das acomodações e organização serem semelhantes a de uma hospedagem comum, a floresta pode sempre surpreender, os bichos estão lá (maldita perereca no vaso sanitário!) e você tem que estar disposto a ficar 24 horas em contato com a natureza. Por outro lado, a experiência é muito mais válida do que fazer um bate-volta na floresta. Além de tudo, se você não quiser fazer nenhum passeio, o próprio hotel já é um atrativo em sí. Eu recomendo!
Uma das torres, essa era de hospedagem!

Passarelas e passarelas!

Outra torre... mais temática... rs
E mais passarela...

Ataque de macacos!
Lar doce lar!
A casa do Tarzan!

Pool party!

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