Place des Vosges

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quarta-feira, 21 de março de 2012

Everest

E um belo dia nessa vida eu cheguei ao Everest. De avião, claro! Ainda não sou capaz de fazer a escalada, deixarei isso como missão para as minhas próximas encarnações. Vamos voltar ao assunto: o Everest! Ahhh... o Himalaia!
Minha viagem para a Índia e Nepal foi bem baseada em filosofias, aprendizado religioso, cultura, enfim, uma viagem ao meu interior no exterior. Chegando em Kathmandu (Nepal), por mais que toda a onda budista estivesse me encantando, algo mais forte ressonava na minha cabeça: Babe, o Himalaia é aqui e o Everest logo ali. Como eu não tinha tempo, nem disposição, para fazer toda a caminhada de dias e mais dias até a base da montanha mais alta do mundo, optei pela alternativa dos preguiçosos e sedentários: um voo panorâmico. Comprei meu bilhete de Budha Air e dessa maneira garanti o meu passeio!
O embarque renderia um post à parte. Se você pretende fazer esse passeio saiba que você tem que estar prontíssimo, no aeroporto, por volta das 6 da manhã. O voo, por outro lado, vai depender das condições do tempo. Quando chegamos ao aeroporto o céu estava um pouco encoberto, então dá-lhe espera. Depois de algumas horas o sol ameaçou aparecer, parecia que era o momento... alarme falso e dá-lhe mais espera. Assim ficamos por horas e horas. Digo ficamos, pois além do meu ônibus havia diversos outros ônibus, de voos de outros horários, de outras cias, e todos faziam o mesmo movimento: saíam rumo ao aeroporto e voltavam frustrados. Tudo isso correndo o risco de chegar um momento em que o tempo poderia parecer não mudar e teríamos que tentar novamente no próximo dia.
Enfim, 5 horas depois dessa sessão "pegadinha do malandro" o voo foi confirmado. Correria para dentro do aeroporto, embarque, raio-x e lá estávamos dentro do avião. Antes de partir, mais um momento de espera, dessa vez de 1 hora e depois disso, finalmente, embarque confirmado!!!
A viagem dura cerca de 1 hora, sobrevoa o Himalaia e o avião faz o retorno bem na vista do Everest. Quando estamos próximos da tão esperada paisagem o piloto chama um por um e os passageiros têm direito a dar uma olhada da cabine e tirar uma bela foto.
Olhar o Everest cara a cara é uma coisa um pouco maluca. Pode não parecer, mas acreditem, é! Eu me peguei imaginando quanta história aquele lugar não tem, quantos sonhos não foram realizados, quantas vidas se foram, quanta coisa já não se passou por lá, naquela única montanha, naquele lugar exato... meu Deus! Além disso o avião passa bem perto das montanhas e aí sim, se você ainda não se convenceu disso, você perceberá que você a natureza reserva muito mais beleza e segredos do que você já ouviu falar.
Admito que não sei se existe uma lista das sete maravilhas do mundo quesito natureza, se existir o Himalaia deveria ser uma delas. Se não existir, acreditem: é uma delas!
Toda essa poesia e encantamento ficou na minha cabeça por dias e dias. Logo depois que pousei revelaram que um avião igual ao que eu havia embarcado, da mesma cia. e tudo, caiu nesse passeio havia menos de 1 ano e que só não me contaram para eu não deixar de fazer o passeio (eu tenho medo de avião). Ouvindo isso só consegui concluir que eu fui abençoada duas vezes: eu vi o Himalaia e o meu avião não caiu!
O avião!

Ressonância Magnética?

O Himalaia!

Um laguinho congelado! =)

Diretamente da cabine do piloto: o Everest!


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