Por outro lado, 2010 foi um ano pra lá de especial e não consigo pensar nessa despedida sem uma mensagem de obrigada!
A vida tem um jeito engraçado de nos ensinar as coisas, mas nos meus 26 anos de existência ela sempre me mostrou que me ensinaria as vezes até mais do que eu pudesse imaginar. Por essas e outras, sempre segui o que minha mãe me aconselhava, "paciência", e mais uma vez ela tinha razão. Esse ano tive o prazer de colher doces frutos que a minha paciência me rendeu, e são realmente docíssimos!
Quando perdi minha mãe a maioria das pessoas me dizia que minha cachorra viveria mais, no máximo, seis meses. Admito que eu também acreditei, pois em alguns meses ela desenvolveu um cancer de mama pra lá de agressivo (cancer, doença que, por sinal, levou minha mãe de mim). Com o tempo a Jessie foi adoecendo, piorando, caminhando para o pior dos caminhos possíveis, até que nesse ano eu tive o prazer de conhecer um fantástico veterinário. Primeiro ele me deu a esperança, alguns meses depois a cura da doença e no fim do ano tive a certeza da cura. O caminho não foi fácil, diria que sofridíssimo, mas eu não queria perder de novo alguém importante pela mesma doença. E não perdi. Onze meses e três cirurgias radicais depois, a Jessie está aqui, sã e salva.
Outra grande conquista foi o meu diploma na faculdade de Letras, um grande sonho da minha vida! Sei que muita gente não concorda com isso, mas era um sonho que eu sempre tive. Sem grandes torcidas e muito menos grandes expectativas, entrei nessa faculdade, sofri, me esforcei, me dediquei e, com um DEZ na monografia, consegui meu diploma! Não recebi grandes festas por causa dessa conquista, mas não há nada na vida como realizar um sonho, ainda mais um sonho em que se sonha sozinha (ou que sonhei, mais uma vez, com minha mãe, enquanto ela estava aqui)!
Descobri, também, que nem sempre o emprego dos sonhos é realmente aquilo que pensávamos que ele seria. Levarei a experiência e pessoas incríveis que por lá conheci, mas fica a decepção da empresa dos sonhos ter transformado tudo em pesadelo. Aprendi, com isso, que podemos sonhar mais alto do que podemos imaginar. Não nos subestimemos!
Encontrei minha "irmã" de intercambio, a Dilara. Ela veio ao Brasil, nos vimos finalmente depois de oito anos e percebi que, mesmo com a distância e o tempo, a essencia nunca muda!
Vi o Paul McCartney - preciso falar mais alguma coisa?
Conheci a África, FUI PARA A COPA DO MUNDO!!! Mais do que morar nos EUA, mais do que um mochilão de seis meses na Europa... EU FUI PRA COPA! Só quem vai para a Fifa World Cup sabe o que é, e eu NUNCA vou me esquecer. Se um dia eu puder escolher um lugarzinho no mundo para me mudar, tenham certeza que vou para a Cidade do Cabo!
Além de tudo isso, tive o prazer de contar com a minha família, de pai e de mãe, durante grande parte do ano. Foram aulas de informática para a minha avó paterna, trocas infinitas de e-mail com minha tia Silvia Melo, torcidas sofridas pelo vestibular de medicina da minha prima, orgulho interno pelo desempenho dos meus primos na nossa empresa de família, o casamento do meu primo Ju (que por sinal, foi o casamento mais lindo que ja fui na vida)... enfim, talvez muito do que me me rodeou esse ano pode ser resumido em uma palavra: família! Sim, família, aquilo que eu achei que nunca mais entenderia da mesma forma depois que me tornei orfã. Família! E eles são lindos, e todo o amor que eles me deram me deu estrutura para um ano com tantas emoções.
Sem contar que nesse ano falei, pela primeira vez na vida, com a verdadeira mãe da minha mãe. (Infelizmente não tive tempo de conhece-la, que Deus a tenha)
Quanta coisa aconteceu!
Poderia passar horas escrevendo, mas seria cansativo para vocês. Além disso, divido esse blog com o Alê e já ocupei muito espaço com meu egocentrismo.
Enfim: OBRIGADA!
Obrigada você, que de alguma forma dividiu esse ano comigo. Obrigada amigos, professores, orientadora, família e aqueles que, de alguma maneira, passaram pelo meu caminho nesse ano para lá de especial.
Um enorme beijo e felicíssimo 2011!
Carol