Place des Vosges

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quarta-feira, 9 de maio de 2012

Nada de número 2 na Índia!

Já viajei para mais de 25 países (momento do merchan!) e as dúvidas antes de partir sempre foram relacionadas ao clima, alimentação, transporte e outros ítens corriqueiros do nosso dia-a-dia. Quando fui para a Índia e Nepal eu sabia que o desafio ia ser maior, pois seria a minha primeira vez na Ásia, mas eu realmente não pensei foi no transtorno que seria ir ao banheiro. (Na verdade as mentes mais preconceituosas e limitadas made in Brazil me diziam que provavelmente o único banheiro que eu encontraria por lá seria na rua, ao ar livre e no meio de todos... tsc..tsc... sem comentários para vocês!)
Bom, convenhamos, banheiro não é um assunto tão bacana assim para ficar discutindo com os amigos ou perguntando a respeito, antes de ir para esses destinos exóticos eu só pensava no banheiro fazendo uma relação entre ele e o temor do piriri na viagem. Logo nos primeiros dias em terras indianas comecei a receber recomendações sobre o fato de usar o toilette público e enfim chega até mim uma explicação mais clara a respeito do assunto:
"O indiano se lava depois das necessidades, então você não vai encontrar papel higienico, mas sim uma torneira para se limpar" e eu fui ficando cada vez mais confusa. Aos poucos também descobri que por lá você JAMAIS faz as coisas com a mão esquerda, mesmo que você seja ocidental, pois é com essa mão que você faz essa limpeza pós-toillete. A conclusão que cheguei com isso tudo é que eu preferia garantir o meu lado usando apenas o banheiro do hotel (feito para turistas, iguais aos da minha casa) e esperava não ter que passar pela experiência de utilizar um W.C local.
Lógico que eu não resisti... eu tive que ir até um banheiro para conferir todo esse mistério e tudo foi confirmado: baldinho e torneira do lado de um buraco no chão - esqueceram de me contar que também não existe privada. Equipada do meu private-papel-higiênico (baldinho não!) fui lá eu testar a nova maneira de tirar a água do joelho e admito: é o máximo! Também confesso que se eu morasse na Índia eu faria um capricho na aula de pilates para deixar as pernas bem fortes, pois a posição não é para qualquer um não (hahaha), mas foi bem interessante!
Apesar de toda a empolgação com o assunto, graças a Deus eu não fiz a experiência em um momento number 2, aí já é para viajantes nível 5-extreme e eu era apenas uma turista de primeira viagem.
Pessoal, quebrem o preconceito, uma vez na Índia façam como os indianos, xixi de cócoras já! kkkk
Buraco + baldinho + torneira!

PS: Mais assustador que o buraco no chão era esse banheiro no Nepal com um butijão de gás. Isso sim dá medo! E mais bizarro que tudo isso é eu escancarar nesse blog que eu tirei fotos dos banheiros alheios!
Suicídio! Isso sim é assustador!


segunda-feira, 7 de maio de 2012

Uma singela homenagem

Por três anos da minha vida estudei em um local horrível que, além de todas as coisas terríveis que passei por lá, havia uma mais insana que me chamava a atenção: uma parede com fotos dos formandos. Até aí, tudo certo. O que me causava tal frisson era o fato de que a cada 1 ou 2 meses aparecia na TV a notícia de jovens que morreram em acidentes de carro e em quase todos esses acidentes estava envolvido um ou alguns ex-alunos do colégio. Aos poucos as fotos da parede foram se transformando em guias para explicar quem é que estava no acidente: "Ah, sabe fulano que estava no capotamento? É aquele loiro da segunda foto de cima pra baixo e terceira da esquerda para a direita". Nos três anos que estudei por lá a história se repetia frequentemente e rezava a lenda que o pessoal receava se formar lá por causa da tal parede de fotos.
Há algum tempo escrevi aqui agradecendo os alunos da Universidade Federal de São Mateus, no Espirito Santo, por terem acompanhado de forma fiel o blog carolealenacopa. No mês passado, para quebrar a constância de posts sobre a Índia e Nepal, resolvi falar um pouco de uma cidade capixaba que conheci com minhas amigas em uma viagem de carro pelo Brasil. Há 15 dias saiu na TV a notícia de que 4 jovens desapareceram na BR 101, aquela mesma que eu escrevi no blog falando de Regência, a mesma que peguei com a Cris e a Elisa na nossa viagem. Por alguns momentos pensei na viagem que fiz com as meninas e entendi o real risco que corríamos soltas de carro por aí em uma estrada desconhecida. Depois refleti um pouco e cheguei a pensar que os jovens de São Mateus poderiam ser uns dos universitários que frequentavam o meu blog, colegas de faculdade da Cris, mas seria coincidência demais. Pois não... para nossa tristeza eram colegas dela que infelizmente sofreram um acidente na estrada e não estão mais aqui conosco hoje.
Toda essa história me fez lembrar da tal parede de fotos do meu colégio, seria o meu blog uma imitação daquilo? Escrevo um post e logo mais aparece na TV um acidente de carro envolvendo lugares e pessoas mencionadas aqui! Claro que trata-se de uma coincidência, assim espero, mas eu fiquei um pouco transtornada com essa história, ainda mais vendo minha amiga sofrendo horrores com tudo isso.
Enfim, fiz essa pequena pausa e esse pequeno texto sem pé nem cabeça para desejar muita força para a Cris, ao pessoal de São Mateus e aos parentes e amigos das vítimas do acidente. Eu sinto muito... força para todos!
RIP Amanda Oliveira, Marllon Amaral, Rosaflor Oliveira, Izadora Ribeiro e André Galão